O apagão global que afeta os serviços de diversas empresas ao redor do globo nesta sexta-feira (19) também tem impacto sobre as ações da companhia que está por trás da pane nos sistemas da Microsoft hoje: a CrowdStrike Holdings.
Negociados na Nasdaq, em Nova York, as ações da companhia — que foi fundada há 13 anos por ex-executivos da McAfee e oferece justamente serviços de proteção contra ataques cibernéticos — chegaram a cair 14% mais cedo. E ainda recuam 7,7% por volta das 12h, cotadas em R$ 316.54.
Vale relembrar que, mais cedo, uma atualização nos sistemas da CrowdStrike causou uma pane generalizada nos sistemas da Microsoft e fez com que diversas empresas aéreas tivessem que suspender voos devido a problemas na comunicação.
Por aqui, ao menos quatro bancos brasileiros reportaram falhas, incluindo o Bradesco. Relatos compilados pela plataforma Downdetector também dão conta de problemas no acesso dos aplicativos da marca digital da instituição, a Next, além do Banco Pan e do Neon.
Com a palavra, o CEO da empresa por trás do apagão cibernético
O presidente e CEO CrowdStrike, George Kurtz, afirmou por meio de post no X que a empresa está trabalhando com clientes afetados para resolver os problemas.
Ele disse ainda que os problemas acontecem apenas para usuários do Windows e que os sistemas Mac e Linux não foram afetados.
“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, afirmou. “Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site.”
Antes do apagão, CrowdStrike participou de investigação e foi mencionada por Trump
Vale relembrar que os sistemas da CrowdStrike são utilizados por inúmeras companhias entre as 500 maiores do mundo, incluindo grandes bancos, redes de saúde e elétricas.
Além disso, a empresa também trabalhou nas investigações do ataque cibernético a computadores do principal comitê do Partido Democrata dos EUA durante as eleições do 2016.
Ainda no ano do pleito norte-americano, o nome da companhia foi citado pelo ex-presidente Donald Trump em uma ligação com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky que fez parte de um grupo de transcrições que levaram ao primeiro impeachment de Trump.
Fonte: SeuDinheiro.com