A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou ontem um aumento médio de 7,1% no preço do querosene de aviação (QAV) vendido às distribuidoras. Esta é a segunda alta consecutiva no preço do combustível, essencial para o transporte aéreo, utilizado em aviões e helicópteros com motores à turbina. No início de julho, já havia ocorrido um reajuste de 3,2%.
Segundo nota divulgada pela Petrobras, o aumento acumulado no ano é de 0,8%, representando um acréscimo médio de R$ 0,03 por litro em comparação ao preço de dezembro de 2023. “Desde dezembro de 2022, houve uma redução acumulada de 18,9%, o que equivale a uma queda de R$ 0,96 por litro”, informou a estatal.
Os preços do combustível são atualizados mensalmente, e os novos valores já estão em vigor nas refinarias.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras vende o querosene de aviação apenas para as distribuidoras. O abastecimento das aeronaves nos aeroportos é responsabilidade das distribuidoras e empresas revendedoras. Assim, o lucro dessas empresas e outros custos, como transporte e logística, influenciam o preço final pago pelas empresas de transporte aéreo e outros consumidores.
A estatal destaca que não possui monopólio na comercialização do produto, afirmando que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência. “Não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, diz a nota da Petrobras.
Impacto
O aumento no preço do querosene de aviação pode ter impactos significativos no setor de turismo. O QAV é um dos principais custos operacionais para as companhias aéreas, e um aumento de 7,1% no seu valor pode levar a um repasse desse custo adicional para os passageiros. Isso pode resultar em passagens aéreas mais caras, desestimulando as viagens e afetando a demanda por voos, especialmente em um contexto onde o orçamento dos consumidores está apertado.
Consequentemente, a elevação nos preços dos bilhetes pode impactar negativamente o fluxo de turistas, tanto domésticos quanto internacionais, prejudicando destinos turísticos que dependem fortemente do transporte aéreo. Hotéis, restaurantes, agências de viagens e outros negócios que compõem a cadeia do turismo podem sofrer com a diminuição do número de visitantes.
Além disso, o aumento no custo do QAV pode levar as companhias aéreas a reduzir a frequência de voos ou até mesmo a cancelar rotas menos rentáveis, limitando as opções de deslocamento e tornando algumas regiões menos acessíveis. Esse cenário pode ser particularmente desafiador para destinos turísticos emergentes ou menos conhecidos que dependem da conectividade aérea para atrair visitantes.
Fonte: Capitalist