Petrobras alcança 1 milhão de acionistas individuais na bolsa

A Petrobras (PETR3; PETR4) alcançou a marca inédita de um milhão de acionistas individuais na bolsa brasileira, resultado de um crescimento de 170% no número de investidores pessoa física nos últimos cinco anos. Esse aumento reflete uma maior participação de investidores individuais no capital da empresa, ultrapassando o percentual dos investidores institucionais brasileiros. Esse cenário aponta para o avanço do mercado de capitais no Brasil, que se torna mais acessível ao público em geral, e a Petrobras tem acompanhado essa expansão.

De acordo com a companhia, “o aumento no número de acionistas se soma a uma série de boas notícias que a empresa tem obtido no mercado e reflete a confiança dos investidores no potencial da companhia e na geração de valor de seus projetos e resultados”. Até o momento, o retorno ao acionista preferencial da Petrobras (considerando valorização e dividendos) é de 11,4%, enquanto o petróleo Brent, referência internacional, registrou queda de 4,1% e o índice Ibovespa subiu 0,6%. Além disso, 75% dos grandes bancos que acompanham a Petrobras recomendam a compra de suas ações.

 

No contexto do mercado, os investidores individuais são aqueles que investem seu próprio capital em ativos como ações. Já os investidores institucionais, como fundos de investimento, fundos de pensão, bancos ou seguradoras, investem em nome de terceiros.

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras também vai lançar, na próxima terça-feira (24/9), um novo edital para startups no âmbito do Programa Petrobras Conexões para Inovação, em parceria com o Sebrae. Com um valor de R$ 16 milhões, a seleção nacional propõe desafios nas áreas de transição energética e integridade de ativos. As empresas vencedoras podem receber até R$ 1 milhão para projetos de soft tech, como desenvolvimento de softwares, ou até R$ 2 milhões para deep tech, que envolvem hardware e materiais, por exemplo. O lançamento ocorrerá durante o evento Rio Oil & Gas (ROG), e as inscrições estarão abertas até 23 de outubro.

O objetivo do edital é promover o desenvolvimento tecnológico de modelos de negócios com startups e incentivar a criação de empresas inovadoras no setor. As pequenas empresas terão a oportunidade de trabalhar diretamente com as áreas técnicas e de negócios da Petrobras, enfrentando grandes desafios da indústria e cocriando tecnologias de ponta.

Segundo Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, “a Petrobras é uma das principais investidoras em inovação aberta no país, com cerca de R$ 54 milhões investidos no módulo Startups desde sua criação em 2019. As empresas selecionadas recebem apoio financeiro e técnico da Petrobras para testar e qualificar suas soluções, com a possibilidade de avançar para a etapa de implantação. Elas também têm acesso a ambientes de teste reais na indústria de óleo, gás e energia, e os produtos desenvolvidos podem ser escalados para o mercado, graças ao modelo de inovação aberta do edital.”

Startup
Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, ressalta que “com essa parceria, o Sebrae integra pequenos negócios ao processo de inovação aberta da Petrobras, desenvolvendo tecnologias que impactam positivamente a cadeia produtiva de energia, petróleo e gás. Durante a execução dos projetos, o Sebrae acompanha de perto as startups, oferecendo suporte em gestão e promovendo ações que aumentam sua competitividade e acesso a mercados.”

O módulo Startups foi criado para ser uma ponte entre Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e a comercialização de novas tecnologias, mas acabou se tornando um processo de “Venture Building”, focado na criação de novos negócios inovadores. Além da coparticipação nos produtos desenvolvidos, o grande benefício para a Petrobras vem da implementação tecnológica, resolvendo desafios e consolidando soluções de forma sustentável.

Nos últimos cinco anos, a Petrobras firmou parcerias com 53 startups de 10 estados, totalizando 63 projetos — algumas startups foram selecionadas em mais de um edital. A taxa de continuidade, que inclui novos contratos de P&D, fornecimento e investimento, é de 30%, muito superior à média do mercado. Além dos contratos com a Petrobras, algumas startups, como Vidya e Pix Force, já fecharam acordos com outras grandes empresas do setor e exportam suas tecnologias para o exterior.

Fonte: capitalist.com