O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) poderá ser ainda maior do que os R$ 5 mil prometidos durante sua campanha presidencial. Segundo ele, essa ampliação vai além de uma promessa de campanha, representando um compromisso com a justiça fiscal, que será viabilizado pela taxação dos super-ricos.

Durante uma entrevista à Rádio O Povo, em Fortaleza, Lula destacou a disparidade no pagamento de impostos, onde trabalhadores pagam proporcionalmente mais do que os mais ricos. Ele criticou o fato de que pessoas que ganham R$ 5 mil estejam sujeitas ao imposto de renda, enquanto grandes investidores que recebem bilhões em dividendos, como no caso da Petrobras, não pagam o mesmo imposto. O presidente defendeu que a isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil é uma medida de justiça e que, futuramente, espera isentar ainda mais trabalhadores. “Salário não é renda. Renda é de quem vive de especulação”, acrescentou.

Lula também defendeu a criação de políticas que considerem novas profissões e tecnologias, especialmente aquelas relacionadas ao empreendedorismo, como é o caso dos trabalhadores de aplicativos. Ele ressaltou que esse público, muitas vezes sem sindicato ou carteira assinada, precisa de proteção previdenciária, já que pode enfrentar problemas de saúde ou ficar sem renda no futuro. O presidente mencionou a importância de regulamentar a jornada de trabalho desses profissionais sem comprometer sua autonomia.

 

Faixa de isenção do IR

Lula também citou o projeto de lei “Acredita”, sancionado recentemente, que visa ampliar o crédito para pequenos e médios empreendedores, cooperativas e beneficiários do Bolsa Família que desejam iniciar negócios. Ele destacou que será o maior programa de crédito já implementado no Brasil para pequenos empresários.

Quanto às eleições municipais, Lula atribuiu o alto índice de reeleição de prefeitos ao aumento de recursos públicos destinados às prefeituras, permitindo que os gestores realizassem mais obras. Ele ressaltou que o Fundo de Participação dos Municípios cresceu significativamente em 2023 e 2024, além do impacto das emendas parlamentares, que antes eram secretas, mas que agora garantem mais recursos para as prefeituras.

 

Fonte: capitalist