Mercado eleva previsão de deficit primário para R$ 70,6 bi em 2025

O mercado financeiro revisou para cima a projeção do deficit primário do governo federal em 2025. De acordo com o Prisma Fiscal de novembro, divulgado nesta sexta-feira (14/11) pelo Ministério da Fazenda, a estimativa da mediana passou de R$ 67,568 bilhões para R$ 70,649 bilhões, aumento de R$ 3 bilhões em relação ao mês anterior.

Para 2025, a meta definida pela Presidência da República é de deficit zero, com banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. O intervalo permite um resultado negativo de até R$ 31 bilhões, além dos R$ 44 bilhões em precatórios que ficam de fora do cálculo oficial. Os dados são compilados a partir de instituições financeiras, consultorias e gestoras, com informações coletadas até o quinto dia útil de novembro.

As projeções para o deficit primário do próximo ano variaram de R$ 80,489 bilhões para R$ 75,447 bilhões, enquanto que o objetivo do governo para 2026 é alcançar um superavit de 0,25% do PIB. No caso da dívida bruta do governo geral (DBGG), principal indicador do endividamento público, o mercado ajustou a projeção de 79,60% para 79,54% do PIB, ao fim de 2025. Para o próximo ano, a estimativa seguiu praticamente estável — passou de 83,69% para 83,70%.

As projeções para arrecadação, receitas líquidas e despesas também sofreram pequenas alterações. Para 2025, a arrecadação passou de R$ 2,887 trilhões para R$ 2,888 trilhões, enquanto as receitas líquidas subiram de R$ 2,327 trilhões para R$ 2,328 trilhões. As despesas totais, por sua vez, recuaram ligeiramente — de R$ 2,399 trilhões para R$ 2,397 trilhões.

Fonte: correiobraziliense